segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A SOLIDÃO DO CAMINHO - por Kenny Rosa

Tinha um galo no meu caminho
A partir de então, éramos os dois sozinhos
Surgiu a fome a nos beirar
Estamos então em três a caminhar

Em cada passo um elo de sorte
Cada um sendo do outro suporte
Somos agora um quarteto
A morte veio cantar seu soneto

Como num piscar de luz forte
Desfiz o galo com a morte
Foi-se embora a fome
Segui sozinho e insone

Lembro-me daquele turbilhão
Um eufemismo de solidão
Hoje envolto a espinhos
Fiquei sozinho, sem caminho

3 comentários:

  1. Eu vim a ser o quinto elemento: aquele que vem com o aplauso. Lindíssimo, Kenny. Abraços. paz e bem.

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  2. Eu não sou de me encantar com qualquer poesia ou soneto. Quando me encanto, deixo um beijo.

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